30 de setembro de 2009

A Revolução de Outubro: 80 anos - Sebastião do Rego Barros


A REVOLUÇÃO RUSSA constitui um dos principais marcos da história humana, cuja importância se deve não apenas a seus efeitos políticos e econômicos de alcance global, mas também à capacidade de cativar a imaginação das gerações que se seguiram. O ano de 1917 deu corpo a esperanças e anseios reprimidos pelos rígidos padrões implantados no final do século XIX e início do século XX. Mais ainda, deu nascimento a uma espécie de religião secularizada, com que todos, independentemente de filiações ideológicas, tiveram de lidar.

Frente a esse momento crucial de 80 anos atrás, tão exaustivamente estudado e analisado sob todos os ângulos e com tantos matizes, minha contribuição para as discussões deste Seminário patrocinado pela Universidade de São Paulo tem de pautar-se dentro dos limites em que deve atuar um diplomata profissional perante a História. A diplomacia é uma função política; comprometida, portanto, com a ação. O diplomata não privilegia a pura erudição histórica; o que busca no passado é orientação, informação e estímulo para agir.

Nietzsche, criticando o que julgava ser o espírito histórico hipertrofiado de sua época, afirmou: "Decerto que temos necessidade da história, mas temos necessidade dela de uma maneira diferente da que tem o ocioso requintado nos jardins do saber (…) temos necessidade da história para a vida e para a ação, não para nos afastarmos preguiçosamente da vida e da ação."

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28 de setembro de 2009

Revolução cientifica e as origens da ciência moderna - John Henry


Os mais importantes aspectos da revolução científica – entre os quais o método científico, o desenvolvimento matemático, a influência da religião e das tradições mágicas no estabelecimento da ciência moderna – são os temas abordados nesta obra.
Tendo como alvo o público leigo, John Henry – professor da Science Studies Unit da Universidade de Edimburgo – evita uma análise puramente técnica sobre os avanços da ciência, detendo-se na construção de um cenário mais complexo, onde teorias e experimentos são, em primeiro lugar, reflexos de um momento histórico.
O volume traz ainda uma vasta bibliografia sobre o tema e um glossário com os termos técnicos, sendo acessível a um amplo público de leitores.

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25 de setembro de 2009

Braudel e a " missão francesa" - Fernando Novais


Estudos Avançados — Qual a contribuição dos historiadores franceses e dos cientistas da França para a evolução da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP?

Fernando Novais — Foi decisiva a participação da chamada missão francesa no Brasil, que veio quando da fundação da USP. A palavra missão, que era oficial, é muito significativa. A primeira missão francesa que chegou ao Brasil foi a artística, com Dom João VI. A segunda, na Primeira República, tinha como objetivo instruir os oficiais do Exército. A terceira foi a dos docentes que vieram auxiliar na estruturação da USP e da Faculdade de Filosofia. A palavra missão, evidentemente, mostra que éramos vistos como uma terra de índios que deviam ser catequizados. Não há outra explicação.

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21 de setembro de 2009

Colapso – Como as Sociedades Escolhem o Fracasso ou o Sucesso – Jared Diamond ( novo link)

Abordando desde a cultura da Polinésia pré-histórica na ilha de Páscoa às outrora florescentes civilizações nativas americanas dos anasazis e maias, analisa as causas da decadência da colônia viking medieval na Groenlândia e chega ao mundo moderno. Com isso traça um panorama catastrófico e mostra o que acontece quando desperdiçamos nossos recursos ignoramos os sinais de nosso meio ambiente quando nos reproduzimos rápido demais ou cortamos árvores em excesso. Danos ambientais mudanças climáticas, rápido crescimento populacional parcerias comerciais instáveis e pressões de inimigos foram fatores na queda de algumas sociedades contudo outras encontraram soluções para esses mesmos problemas e subsistiram.
(reupado)

16 de setembro de 2009

História da Química - Juergen Heinrich Maar

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Concebeu-se esta História da Química como parte integrante da História da Ciência como um todo, integrando esta por sua vez à história cultural da Humanidade. Deixando deliberadamente de lado a visão internalista (que só químicos entenderiam) e a visão externalista (que muito provavelmente não seria atraente para os químicos), trilhou-se um caminho intermediário, e muito embora o autor não abra mão de expor, sempre que o julgasse necessário, sua visão pessoal sobre determinado assunto, isto foi feito sem impor à redação do livro uma filosofia, uma ideologia ou uma concepção de Ciência da qual o leitor deva compartilhar. Em assim fazendo, o autor deixa clara sua posição frente a temas como a Alquimia, o Flogístico, a Afinidade, a Revolução Química, e muitos outros, sem querer romper com a historiografia corrente, que de certa forma reflete nosso tempo, mas suscitando a discussão, o debate, a controvérsia e com isso o enriquecimento da visão que temos de tais assuntos.
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9 de setembro de 2009

A Lógica da Pesquisa Científica - Karl Popper


Publicada pela primeira vez em 1933, em alemão, "A Lógica da Pesquisa Científica" ganhou nova versão, em inglês, em 1958. É uma das obras mais importantes relacionadas à metodologia e ao conhecimento científico. Nesse livro, Karl Popper dá uma contribuição decisiva ao problema da indução, que desafia os filósofos pelo menos desde o século 17.

Segundo a concepção tradicional de ciência, o ponto de partida do cientista são os dados empíricos, observáveis. Esses dados da observação, acumulados, transformam-se em hipóteses que, uma vez verificadas, tornam-se leis científicas. O procedimento lógico que norteia a ciência é a indução, que parte de dados singulares para chegar ao universal. O critério de demarcação usado para definir o que é ou não ciência é a verificação.

O problema da indução consiste no fato de que, por mais dados singulares que o cientista acumule, não há uma garantia lógica de que o enunciado universal daí inferido seja verdadeiro.

Popper defende em sua obra que o critério de demarcação da ciência não é a verificação, mas sim o falseamento. O que caracteriza o procedimento do cientista é uma tomada de decisão, em termos metodológicos, de não proteger do falseamento nenhum enunciado científico. Popper mostra como a ciência só pode ser definida por meio de regras metodológicas.

"A Lógica da Pesquisa Científica" divide-se em duas partes: a primeira se caracteriza como uma introdução à lógica científica e trata do problema da indução, da demarcação e da falseabilidade. A segunda parte desenvolve diversos temas relacionados ao que Popper chama de "componentes estruturais de uma teoria da experiência".

Karl Popper nasceu em 1902, em Viena e morreu em 1994, como um dos mais importantes filósofos do século 20. Seu pensamento iluminou não só o campo da filosofia da ciência, mas também o da teoria política e das ciências sociais.
Indicações
A leitura dessa obra central de Popper é fundamental para professores e estudantes de Filosofia. Também é indicada a professores de Ciências, Química, Física e Biologia e demais pesquisadores da metodologia científica. Com indicação e orientação do professor, trechos selecionados da obra podem ser lidos com proveito e interesse por alunos de Filosofia do Ensino Médio.
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5 de setembro de 2009

A Contrução das Ciências - Introdução a Filosofia e a Ética das Ciências - Gerard Fourez *


Como funcionam as ciências? Como elas se inserem na sociedade? Qual é o seu tipo de verdade? Em que medida elas podem contribuir para a solução dos problemas individuais e sociais? Quais as interações que existem entre as ciências, a política e a ética? Eis algumas das questões tratadas neste livro. Para o encaminhamento desses problemas, o autor toma como ponto de partida a idéia que usualmente se têm das ciências. Mostra os limites desse tipo de representação e, a seguir, expõe concepções recentes, mais compatíveis com o desenvolvimento contemporâneo da filosofia e da sociologia das ciências. Essas análises permitem observar como as ciências e a tecnologia estão sempre estreitamente relacionadas a projetos humanos. Produzidas historicamente pelos homens, para os homens, elas têm o seu espaço na história humana, o que nos leva a indagar a respeito as condições econômicas, políticas e culturais em que foram produzidas. Isso torna possível o exame das relações entre os saberes e as aplicações técnicas, entre as práticas científicas tidas como fundamentais e as consideradas aplicadas e entre as ciências e as ideologias. Possibilitam, enfim, observar como esses saberes contribuem para a solução de questões éticas e políticas. E, ainda, que papel desempenham nesse processo o especialista e o homem comum. Esta obra dirige-se a todos - especialistas ou não - que estejam interessados em saber o que são as práticas científicas e quais são as suas condições de produção. É de especial interesse a todos que de alguma forma precisam compreender e explicar como as ciências fazem parte do mundo em que vivem.
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4 de setembro de 2009

As Barbas do Imperador - Lília Moritz Schwarcz *


O livro de Lilia Moritz Schwarcz, intitulado As barbas do imperador: dom Pedro II, um monarca nos trópicos, busca fazer uma reconstrução da figura e do papel simbólico ocupado pelo imperador Pedro II durante esse momento fulcral da história brasileira que foi o século XIX.

Entre a herança colonial e o país moderno, o tempo do império foi aquele em que as contradições da passagem do estatuto de colônia ao de país soberano solidificaram-se em instituições que até hoje marcam a vida brasileira: o favor, o beletrismo, as dúbias fronteiras entre as esferas do público e do privado são algumas das heranças que nos legou o império.

Em busca desse tempo de passagens e contradições, Schwarcz focaliza a figura singular do imperador Pedro II, especialmente através do levantamento impressionante de documentação iconográfica. Focalizando uma vida particular e emblemática a partir de sua encenação pública, Schwarcz extravasa completamente o biografismo e avança para a construção de uma história cotidiana do império. Tomando como fio condutor os eventos lineares da biografia do imperador, a autora saudavelmente desrespeita a simples diacronia, ao propor cortes sincrônicos e aproximações temáticas - especialmente construídos pela análise do material iconográfico - capazes de iluminar, por muitos ângulos novos, tanto aquela vida em particular quanto o tempo em que ela se insere e do qual se revela emblema.

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