30 de setembro de 2009

A Revolução de Outubro: 80 anos - Sebastião do Rego Barros


A REVOLUÇÃO RUSSA constitui um dos principais marcos da história humana, cuja importância se deve não apenas a seus efeitos políticos e econômicos de alcance global, mas também à capacidade de cativar a imaginação das gerações que se seguiram. O ano de 1917 deu corpo a esperanças e anseios reprimidos pelos rígidos padrões implantados no final do século XIX e início do século XX. Mais ainda, deu nascimento a uma espécie de religião secularizada, com que todos, independentemente de filiações ideológicas, tiveram de lidar.

Frente a esse momento crucial de 80 anos atrás, tão exaustivamente estudado e analisado sob todos os ângulos e com tantos matizes, minha contribuição para as discussões deste Seminário patrocinado pela Universidade de São Paulo tem de pautar-se dentro dos limites em que deve atuar um diplomata profissional perante a História. A diplomacia é uma função política; comprometida, portanto, com a ação. O diplomata não privilegia a pura erudição histórica; o que busca no passado é orientação, informação e estímulo para agir.

Nietzsche, criticando o que julgava ser o espírito histórico hipertrofiado de sua época, afirmou: "Decerto que temos necessidade da história, mas temos necessidade dela de uma maneira diferente da que tem o ocioso requintado nos jardins do saber (…) temos necessidade da história para a vida e para a ação, não para nos afastarmos preguiçosamente da vida e da ação."

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